Os clubes de cannabis são associações destinadas a fornecer e distribuir cannabis entre os seus membros. Este tipo de associações sem fins lucrativos está surgindo em países onde o uso de maconha foi descriminalizado. A ideia é cobrir as necessidades dos consumidores que legalmente têm o direito de consumir, mas não de cultivar.
Situação na Espanha
A situação na Espanha é semelhante à da maioria dos países que consomem essa substância, mas sua legislação a proíbe. Em geral, a guerra às drogas é um fracasso e, como muitos salientam, a proibição é uma parte importante do problema
INICIATIVA PARA O REGULAMENTO DOS CLUBES SOCIAIS DE CANNABIS
As investigações indicam que no Estado espanhol são consumidas mais de 1.500 toneladas de cannabis por ano. Essa enorme quantidade é consumida por aproximadamente 3 milhões de pessoas, das quais 80% são fornecidas através de redes ilícitas. Os outros 20% são fornecidos por auto-cultivo ou através de clubes sociais de cannabis. Obviamente, o percentual excedente é forçado a recorrer ao mercado ilegal, com os riscos que isso acarreta para o consumidor. Além disso, estudos mostram que esse número de consumidores aumentaria ainda mais se houvesse uma regulamentação clara e eficaz que acabaria com a insegurança causada pela legislação vigente.
Em seguida, é apresentada uma das muitas iniciativas de cidadãos para regular o consumo através de clubes sociais de cannabis.
Iniciativa para regulamentação responsável de clubes sociais de cannabis
Regulamento proposto abaixo seria baseado em três pontos principais:
- -Registro específico dos clubes.
- -Protocolo policial de ações em casos relacionados a clubes.
- -Código de boas práticas que regulam o funcionamento adequado.
Regras para clubes de maconha
Seguem as regras específicas propostas para o bom funcionamento de um clube social de cannabis:
- -As decisões serão tomadas nas assembleias e os clubes serão expostos a inspeções de suas atividades, desde a contabilidade até os locais de cultivo.
- -A produção será planejada, avaliada e sempre sob demanda dos parceiros.
- -A oferta do clube será 100% do seu próprio cultivo, sem ir a outras fontes.
- -Somente usuários anteriores de cannabis com idade mínima de 21 anos podem ser membros.
- -Os parceiros prevêem o seu consumo anual, estimando assim o montante total a ser cultivado.
- -Em cada transporte, cada cultivo terá seu cartão com os dados mais relevantes, bem como uma acreditação legal na qual é determinado que a cannabis pertence à associação.
- -Nos clubes não anunciará ou defenderá o uso de cannabis.
- -Seu acesso será controlado e permitido apenas aos membros.
- -A lei do espaço livre de fumo será respeitada.
Regulação como parte da solução
A regulamentação dos clubes sociais de cannabis e a aplicação de todas essas normas trariam uma situação social muito melhor, assim como um grande número de vantagens que expomos a seguir:
- -Dificuldade de acesso de menores a estas substâncias.
- -Reduziria o mercado negro.
- -Aplicar, entre os usuários, políticas para reduzir danos e riscos associados ao consumo.
- -Permitiria mais controle sobre o consumo e os consumidores.
- -Eles economizariam milhões de euros em recursos políticos, judiciais, sociais e penitenciários.
- -Geraría renda em impostos que poderiam ser alocados para educação, saúde, ciência e cultura.
- -Se reservaria o direito de milhares de usuários de idade legal para acessar esta substância sem ter que ir ao mercado negro, perigoso, ilegal e com riscos para a saúde.
Como criar um clube de cannabis (SCS)
Em seguida, expomos os quatro passos a seguir, se quisermos criar nossa própria associação de cannabis.
1) Criação e registro
A primeira coisa é realizar uma Assembléia Constituinte para a qual pelo menos três parceiros serão necessários como um conselho de administração: presidente, tesoureiro e secretário. O próximo passo é elaborar e aprovar os estatutos e a carta fundadora. Na Espanha existem estatutos padronizados, como os da associação Pannagh, um dos pioneiros em nosso país. Então, tudo é oficializado apresentando os documentos no registro da sua Prefeitura. Finalmente, é aconselhável aderir à Federação de Associações de Cannabis (FAC), legitimando assim o funcionamento do Clube. Além disso, é algo positivo, já que estaremos apoiando a federação, aumentando sua influência e, portanto, contribuindo para a evolução do movimento da cannabis na Espanha.
2) Registro de sócios e previsão de consumo
Para aumentar o número de membros, basta que o interessado preencha um formulário de inscrição, pague seu registro e mostre seu documento de identidade comprovando sua idade. Além disso, há dois detalhes essenciais, que o interessado não tem antecedentes criminais relacionados a crimes contra a saúde pública, e que ele declara seu consumo mensal planejado. Declarar o consumo é de vital importância para a associação, pois será a soma de todos os consumos que legitimam a quantidade de maconha que a associação pode ter. Finalmente, note que um parceiro não pode exigir mais de 60gr por mês.
3) Produção
É aqui que entra um dos pontos mais problemáticos quando se faz uma associação de cannabis. A idéia é se auto-abastecer, ajustando a produção à soma total das previsões mensais dos parceiros.
Os preços de produção ou aquisição devem ser comunicados aos parceiros, justificando-os e dividindo-os para oferecer transparência total ao consumidor. Isso evita o surgimento de associações com fins lucrativos, ou seja, empresas interessadas em aproveitar economicamente o consumo dos parceiros.
4) Operação
O envolvimento dos parceiros depende deles. Sempre haverá parceiros mais informados do que outros por sua própria vontade, mas é obrigação da associação manter todos os membros informados sobre os movimentos do clube, em nível econômico, social ou administrativo. Por outro lado, observe que os parceiros que cumprem uma função no Clube, seja na produção, contabilidade, administração ou administração, devem ter um contrato com o salário estipulado e de acordo com a legislação vigente.
Micaell mott
Eai pessoal bom dia
Noossa, bombardeio na mente com tanta informação. Cara eu e mais 2 amigosestamos pensando em abrir um clube de cannabis aqui em brusque sc. Com os registros certinhos, na legalização do governo. Tenho vários conhecidos aqui que quer fumar mas n tem erva boa. E a rapaziada é tudo cheia da grana e MT gente.boa. Obrigado pelas dicas
Luís Jardim
boa tarde,
gostava de saber se as sementes “feminizadas” de cannabis que vendem nos sites especializados depois de plantadas e feito todo o período de crescimento, voltam a dar sementes saudáveis para novo cultivo?
cumprimentos,
Luís Jardim